A despedida

Agora, no fim do ano, tive de me despedir de uma pessoa muito importante para mim, apesar de passar poucas horas por semana com ela.
Há cinco anos que a conhecia. Ano após ano ia ganhando mais confiança. Nas preciosas horas em que estávamos sozinhas, passávamos minutos a falar. Uma pessoa muito mas mesmo muito meiga e carinhosa comigo e com as minhas colegas; o meu exemplo para tudo o que eu poderia fazer. Para mim, não há pessoa igual!
Então, por que razão passávamos apenas algumas horas por semana e por que é que nessas horas só falávamos alguns minutos? A explicação para isto tudo é dizer-vos que se trata simplesmente da minha professora de ballet, a quem eu agradeço tudo o que me ensinou durante estes cinco anos em que estivemos juntas. 
Infelizmente, a contagem dos anos como minha professora de ballet foi interrompida, mas vai continuar (sempre!) como um anjo que conheci e que me ajudará a desenhar, pelas emoções e memórias presentes, as  próximas danças e a minha forma de estar.
Sei que continuará a ser um anjo para outras crianças no novo projeto. Invejo-as. No entanto,  para a minha bailarina e professora preferida, só posso desejar as maiores alegrias. 

(Nestas férias não paro de procurar uma prenda - uma bailarina - para lhe dar. Infelizmente não será preciso, mas o hábito e a ideia é reconfortante).


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